Obrigado pela árvore, Rita.
Já faz algum tempo que temos
passados dias difíceis aqui em casa tudo por causa de meu desemprego que já vai
demorando mais que o normal, fazendo com que vivamos coisas fáceis de imaginar.
Para falar de mim mesmo, penso
que não há nada pior na vida de um sujeito que essa sensação de inutilidade
causada pelo desemprego em especial por vivermos nesse modelo consumista de
sociedade que às vezes parece resumir nossa felicidade na posse de coisas. Além
disso, está impregnado em todos nós que trabalhar – de maneira remunerada é
óbvio – tem a ver com dignidade, caráter e por aí vai.
E não há como dizer que o stress causado
por pensar essas coisas fica apenas no campo material , na verdade acaba
atingindo também campo emocional
causando curto circuito em relações tão estáveis como a minha e da Rita que
daqui um pouco vai completar 39 anos.
Volta e meia vem aquela vontade quase
impossível de conter e que faz querer chutar todos os baldes, dizer todos os
desaforos e mandar tudo para aquele lugar que só não digo o nome em respeito às
crianças e aos velhinhos que eventualmente me leiam.
Mas sabem daquele ditado que diz
que a depender do ponto de vista, se pessimista ou otimista, pode-se dizer que
um copo está meio vazio ou meio cheio?
Pois bem eu o adaptei e troquei a analogia das circunstancias com um
copo por um queijo. Na vida, tem gente que vê apenas os buracos do queijo e
nunca o queijo. E o esforço que faço todos os dias é ver cada vez mais o
queijo, e cada vez menos os buracos.
E essa semana a Rita me deu um
queijo. Um queijo em forma de arvore de Natal. Está
ali montada no canto da sala, pequena no tamanho, mas gigante no significado.
Costuma ser nessa época do ano que
a tal da baixa estima se manifesta mais fortemente. Aliás, a impressão que se tem é que a nossa
estima pode ser medida por nossa capacidade de comprar! Afeto, solidariedade,
fraternidade tudo, de repente, vira coisas embrulhadas em papéis coloridos.
Ainda bem que tem a árvore de
natal. Pois entre as muitas historias que
se contam sobre o surgimento da tradição
de enfeitar árvore está uma que diz que antes das tradições cristãs enfeitavam-se
pinheiros às vésperas da primavera, uma estação que era – e ainda é - entendida
como sinal de ESPERANÇA. A primavera retornando trazia a vida de volta.
E peço licença a Rita para
dividir com todos vocês um pedaço da árvore que ela montou. Pois quero dizer
que junto com a Rita, meus filhos e minha família, estão vocês, meus amigos,
que de um jeito ou de outro também me ajudam a manter viva a esperança de que
tudo vai passar.
Que linda Árvore de Natal!!!!
ResponderExcluirQue o espírito de Natal reine no seu lar. Amor, fraternidade, solidariedade, ACONCHEGO.
FELIZ NATAL!!!
Obrigado , igualmente Denise..
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