sexta-feira, 15 de março de 2013

Aos Reinaldos da esquerda

Não é de hoje que observo que muita gente, tem exceções é claro, que milita do lado esquerdo da politica nacional faz uso das palavras de um modo tão belicoso quanto daquele blogueiro de quem não se diz o nome, há casos ainda que são bem piores que êle.

De alguns textos que se lê por aí exala tanto preconceito quanto são preconceituosos os radicais do outro extremo do espectro politico.

Parte dos blogueiros, tuiteiros e facebookeiros passam a impressão de que não querem mais pensar. 

Adotaram um discurso monocordico pra lá de conhecido e que já perdeu a eficiencia. Não impressiona mais. Muito pelo contrário estimula, isso sim, o acirramento da beligerancia que antes vinha de um só lado mas que agora tomou conta de todo o campo politico. E isso não ajuda em nada.

 Se há um discurso sobre avanços sociais, de melhoria da qualidade de vida e de intelecto de todos os cidadãos, isso deveria passar obrigatoriamente pela cordialidade, pela não-agressão e muito menos pelas ironias despejadas todos os dias web afora. Mas não é assim que acontece.
 
Há que se pensar que por trás do discurso de tolerancia há também gestos de intolerancia. Há que se pensar que quando há exigencia de que os opostos devam raciocinar sobre as realidades do Brasil, os que o fazem devem dar mostras de que assim fazem eles e, algumas vezes isso é necessário, deveriam reconhecer as qualidades de uns e outros.

Encontrar qualidades no "diferente" vai bem ao encontro daqueles que fazem exaltação pelo fim das lutas sejam de pensamento ou de comportamento. Insistir de que o outro é apenas um mal sujeito e nada mais que isso revela maniqueismo.

Anteontem a igreja católica elegeu seu lider máximo. Não passou meia hora e a internet estava infestada de comentários, relatos agressivos e de criticas severas ao novo papa. Pra que? De que serve isso?  O que fazem estes presunçosos vigilantes da ética alheia imaginarem que suas criticas ajudarão a igreja a dar um só passo na direção justamente do que dizem querer? Acham que vai ser simples assim? Eu não acho.

E são justamente esses os que deram duzentas voltas para deixar por menos a aproximação de Lula com Maluf. E que dizer do assanhamento dos chamados progressistas no Congresso que não dão ponto sem nó, na busca de preservar muitas vezes seus interesses bem menores que aquilo que realmente interessa ao pais. Como é que foi mesmo a indicação do bispo não sei das quantas para a comissão dos direitos humanos, senão um acordo politico que beira a deslealdade com quem está do lado de fora daqueles gabinetes?

Chega disso. Cresçamos, digo isso por mim é claro. E no que me diz respeito não quero me tornar tão rançoso e rancoroso como aqueles a quem critico e que estão do lado de lá.

Prefiro ter esperança. Essa esperança que Leonardo Boff, um homem que indiscutivelmente sempre militou a favor das minorias, manifesta a favor da igreja que, apesar de tudo, o baniu. Isso é grandeza.

O artigo de Leonardo Boff a respeito do novo comando na igreja está aqui. 







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